Freguesia de Beduído e Veiros

Acta

Sessão de 28 de Agosto de 1927 Aos vinte e oito dias do mez de Agosto do ano de mil novecentos e vinte e sete, pelas dezasseis horas, na sala das sessões da Junta desta freguesia de Veiros, concelho de Estarreja, achando-se reunida em sessão ordinária a Comissão Administrativa da mesma Junta, soba a presidência do cidadão José Bernardino Pereira, estando presentes os vogaes Abílio José da Silva e Manoel Luiz Henriques de Miranda, e depois de aberta a sessão, disse o digníssimo presidente que era chegado o momento desta Comissão resolver definitivamente sobre a urgente construção de um novo cemitério, por isso que o local onde actualmente se fazem os enterramentos, além de ser anti-higienico, por se encontar no centro da povoação, é insuficiente para os fins a que se destina, em virtude do aumento da população. Discutido o assunto, cuja importância e urgência foi reconhecida pelos senhores vogaes, e tendo-se chegado á conclusão de que o único local da freguesia, em circunstancias de merecer a aprovação superior para o fim designado e que oferece á Junta as maiores vantagens por ser propriedade da paroquia, é o terreno contíguo á Capela do Senhor da Ribeira, denominado “Aido do Senhor da Ribeira” que já em tempo foi escolhido e chegou a ser aprovado para ali se construir o cemitério, deliberou esta Comissão Administrativa da Junta, por unanimidade, mandar construir um novo cemitério no referido “Aido do Senhor da Ribeira”. Nesta altura da sessão foi entregue ao excelentíssimo presidente, pelo senhor Capitão Artur Marques Salgado, um oficio, comunicando, digo, um oficio assinado por ele e pelos senhores João da Silva Tavares, Francisco António de Matos, Francisco Maria Henriques e Francisco Xavier de Assis Pereira de Melo, comunicando a esta Comissão Administrativa da Junta terem-se constituído em Comissão – Pró Melhoramentos da freguesia de Veiros – e que, sendo o estabelecimento ou construção do cemitério, em local apropriado, com as devidas condições higiénicas e capacidade bastante para o crescente movimento obituário da freguesia, o primeiro dos melhoramentos mais necessários, cuja realização se impõe desde já, sendo do seu conhecimento que a Excelentíssima Comissão Administrativa tem o mais decidido empenho em dotar a freguesia com este grande melhoramento, mas lucta com insuperáveis dificuldades resultantes da falta de recursos, tomando a liberdade de oferecer-lhe todo o seu apoio e valimento para tal fim, diligenciando angariar os fundos necessários; obtida a aprovação do projecto, tomariam a iniciativa da sua construção, conformando-se em tudo com as determinações da Excelentíssima Comissão Administrativa da Junta. Deliberou esta Comissão aceitar o patriótico oferecimento e agradecer aqueles beneméritos cavalheiros a sua cooperação numa obra de tamanha responsabilidade e importância. E não havendo outro assunto a resolver, foi encerrada a sessão, de que, para constar se lavrou a presente acta, que, depois de ser lida e por todos aprovada, vae ser assinada pelo excelentíssimo presidente e senhores vogaes e por mim Manoel Marques Capeleiro e Silva, secretario que a escrevi. O Presidente: José Bernardino Pereira O Vogal: Abílio José da Silva O Vogal: Manoel Luiz Henriques de Miranda O secretario: Manoel Marques Capeleiro e Silva