Freguesia de Beduído e Veiros

Acta

Sessão ordinária de 10 de Novembro de 1912 Aos dez dias do mez de Novembro do ano de mil novecentos e doze, pelas quinze horas, na sala das sessões da Junta de paróquia desta freguesia de Veiros, concelho de Estarreja, achava-se reunida a respectiva Junta, sob a presidência do seu presidente, Francisco de Sousa Garganta, estando também presente Antonio Caitano Valente, regedor desta paróquia, e ele presidente declarou aberta a sessão, apresentando á Junta a proposta de se vender em leilão no próximo dia vinte quatro, seis das árvores que se acham no adro, do lado norte da igreja; a Junta concordou nesta proposta do presidente e deliberou que o leilão para a venda das mesmas árvores fosse anunciado por editais com antecipação de oito dias; responsabilizando-se os compradores pelo prejuízo que causarem a deitar abaixo as referidas árvores. Deliberou mais esta Junta que fossem avisados todos os interessados que possuem ou teem no adro da igreja ou no seu alargamento gradeamentos, campas, mausoléus ou jazigos, cujos terrenos ainda não estejam pagos, para no prazo de sessenta dias pagarem á Junta os terrenos ocupados; e que passado este praso a Junta procederá em harmonia com os meios que a lei lhe faculta. Deliberou mais que fosse anunciada esta resolução da junta por editais para que os interessados não possam vir depois acusar ignorância. Nesta sessão compareceu Manuel Maria Marques, arrematante das reparações no muro do adro da igreja e bem assim de oito carteiras, de quatro logares cada uma, para a escola do sexo feminino, obras aprovadas no orçamento ordinário do corrente ano e sob as verbas um e dezasseis, convidando esta Junta a tomar conta das referidas obras, visto que se achavam concluídas, e ao mesmo tempo a examina-las a fim de conferir em face das condições respectivas. Compareceu também Manuel Afonso, digo, Manuel José Afonso da Silva que arrematou as reparações na casa da Junta, obra respeitante á verba numero dois do mesmo orçamento, também por sua vez a entregar á Junta esta obra que se acha concluída e a convidar a Junta a examina-la se está nas condições do tratado. A Junta foi examinar as referidas obras e achou-as em harmonia com as condições de contrato; por isso voltando á sala das sessões deliberou autorizar os respectivos pagamentos da forma seguinte: que pela verba numero um do orçamento ordinário fosse levantado do cofre desta Junta a quantia de vinte nove mil setecentos e cincoenta reis; pela verba numero dois a quantia de seis mil e quinhentos reis e pela verba numero dezasseis a quantia de vinte nove mil setecentos e cincoenta reis, cujos mandados foram preenchidos pelo escrivão e assinados pelo presidente a fim dos interessados poderem levantar do cofre as referidas quantias. E não havendo mais nada a tratar foi encerrada a sessão, da qual para constar se lavou a presente ata que vai ser assinada pelo presidente, vogais presentes e regedor da paróquia, depois de lida por mim José Maria da Silva Freire, escrivão, que a escrevi, li e assino. O Presidente Francisco de Souza Garganta Vogal – Ildefonso Marcelino Henriques “ - Manoel Maria da Fonseca “ - Joaquim Antão Dias “ - Narciso Augusto Vaz de Oliveira O Regedor: António Caetano Valente O Escrivão, José Maria da Silva Freire