Freguesia de Beduído e Veiros

Acta

Sessão extraordinária de 4 de Novembro de 1912 Aos quatro dias do mez de Novembro do ano de mil novecentos e doze, nesta freguesia de Veiros, e sala das sessões da Junta de paróquia respectiva, pelas dezoito horas, achavam-se reunidos os cidadãos Francisco de Souza Garganta, Ildefonso Marcelino Henriques, Manuel Maria da Fonseca, Joaquim Antão Dias e Narciso Augusto Vaz de Oliveira, respectivamente presidente e vogais da Comissão Paroquial desta freguesia, e bem assim o cidadão Antonio Caitano Valente, regedor desta Paróquia; e como já todos estivessem presentes ele Presidente declarou aberta a sessão, e disse que o fim desta sessão extraordinária já era de todos sabido, cujo convite, previamente feito, o declarava, o qual era fazer a sua representação á Excelentíssima Camara Municipal deste Concelho sobre a desvantagem que resulta para os habitantes desta freguesia o encerramento das casas de negocio desta mesma freguesia. Esta Junta atendendo a que o encerramento dum dia por semana das lojas desta freguesia causa bastantes dificuldades a esta população em geral, e que as ditas casas não teêm empregados assalariados e são só dirigidas pelos próprios donos que em geral são pobres e não podem custear os respetivos direitos, que diariamente vão correndo, sem prosseguirem no se pequeno negocio, deliberou, para bem do interesse publico desta freguesia em geral e também dos proprietários das aludidas casa, que não teem outros recursos de subsistência, que se representasse á Excelentíssima Camara Municipal deste Concelho, pedindo a suspensão do encerramento das casas comerciais desta freguesia, que são de pequena importância mas que, para o povo daqui, a sua abertura permanente representa um grande beneficio. Por estas razões que ficam expostas espera esta Junta ser atendida pela Excelentíssima Camara nesta tão justa petição, deliberando também que desta ata fosse passada copia e enviada ao seu destino. E não havendo mais nada a tratar foi encerrada a sessão da qual para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo presidente, vogais referidos e Regedor, depois de lida por mim José Maria da Silva Freire, secretário, que a escrevi, li e assino. O Presidente – Francisco de Souza Garganta Vogal – Ildefonso Marcelino Henriques “ - Manoel Maria da Fonseca “ - Joaquim Antão Dias “ - Narciso Augusto Vaz de Oliveira O Regedor: António Caetano Valente O Secretário, José Maria da Silva Freire