Freguesia de Beduído e Veiros

Acta

Sessão ordinária de 24 de Novembro de 1912 Aos vinte e quatro dias do mez de Novembro do ano de mil novecentos e doze, pelas quinze horas, achando-se reunida na sala das suas sessões a Junta de Paroquia desta freguesia de Veiros, concelho de Estarreja, sob a presidência do seu presidente Francisco de Sousa Garganta, estando também presente o cidadão António Caetano Valente, regedor desta Paroquia, ele presidente declarou aberta a sessão. O vogal Narciso Augusto Vaz de Oliveira apresentou uma proposta sobre o mau estado em que se acham as escontes publicas respeitantes ás fontes do Cavalo e Breja das Conchas desta freguesia; a Junta, atendendo a que as aludidas fontes são de utilidade publica; e que a limpesa ás suas escontes é indispensável, também em beneficio publico, deliberou que se oficiasse ás autoridades competentes, pedindo providencia para que os confinantes façam a devida limpesa. Nesta sessão compareceu uma comissão de moradores do logar das Cabeças desta freguesia, queixando-se á Junta de que o povo daquele lugar está sendo prejudicado no caminho de servidão que conduz á fonte do Cavalo, daquele lugar, visto que João Marques Valente da Fonseca, um dos confinantes do aludido caminho o está apertando muito em alguns pontos por meio de estacas. A Junta, atendendo também que o dito caminho é de utilidade publica deliberou convidar aquele confinante a comparecer no dia vinte oito do corrente, pelas nove horas, no local respectivo, afim de fazer-se a demarcação devida. A Junta deliberou mais que, estando a aproximar-se o dia da festa da Santa Luzia desta freguesia, que é no próximo dia treze de Dezembro do corrente ano, fossem recebidas as ofertas feitas á referida Santa no dia da sua festa na forma do ano anterior. Deliberou mais esta Junta, pedir a aprovação do Excelentíssimo Senhor Governador Civil d’Aveiro para apresentar em juízo a execução pela divida de quarenta nove mil novecentos e oitenta reis, dose mil reis de juros caídos e três mil oitocentos e setenta reis de despesas com o registo na Conservatória, que a esta Junta devia António Maria Antão, viúvo, almocreve, do logar da Santa Luzia desta freguesia, visto que a Junta transata não o fez, e esta Junta o julgar conveniente em virtude do falecimento do devedor originário e a demora ser prejudicial a esta corporação por a ipoteca não poder garantir as despesas para o reembolso respectivo. Esta Junta deliberou que ficasse o vogal, Manuel Maria da Fonseca, encarregado de tratar desta questão até final, dando-lhe todos os poderes necessários para a sua execução; e que desta ata fosse passada copia e enviada ao Excelentíssimo Senhor Governador Civil deste Distrito, para os devidos efeitos. E não havendo mais nada a tratar foi encerrada a sessão da qual para constar se lavrou a presente ata que vae ser assinada pelo presidente, vogais e regedor desta Paroquia depois de lida por mim José Maria da Silva Freire, escrivão, que esta escrevi e assino. O Presidente: Francisco de Souza Garganta Vogal – Ildefonso Mercelino Henriques “ - Manuel Maria da Fonseca “ - Joaquim Antão Dias “ - Narciso Augusto Vaz de Oliveira O Regedor – António Caetano Valente O Escrivão – José Maria da Silva Freire