Freguesia de Beduído e Veiros

Acta da reunião ordinária da Junta da Freguesia de Veiros, do Concelho de Estarreja, celebrada no dia um de Julho do ano de mil novecentos e sessenta e dois, pelas nove horas na sala das sessões da mesma Junta. No dia um do mês de Julho do ano de mil novecentos e sessenta e dois, sob a Presidência do Excelentíssimo Senhor João Carlos de Assis Pereira de Mello, assistiram os vogais José da Conceição e Sousa e José Maria Pereira, servindo este de Secretário. -- Declarada aberta a presente reunião foi lida, aprovada e assinada a acta da reunião antecedente celebrada no dia dez de Junho do corrente ano. -- Foi tomada a deliberação de autorizar o pagamento da ordem numero sete. -- Foram presentes e lidos os seguintes ofícios: Um com o numero de processo numero trinta e nove novecentos e quarenta e nove da Administração da Companhia de Seguros Comercio e Industria de Lisboa, em resposta a um oficio desta junta com data de vinte e um de Junho ultimo, relativamente à restauração do Cruzeiro situado no lugar da Igreja, que foi destruído por um caminhão seguro na mesma Companhia, pedindo para esta junta se por em contacto telefónico com a Delegação da referida companhia, em Aveiro, afim de se resolver o assunto tratado na cópia da acta da sessão anterior, à mesma companhia enviada pela forma mais adequada. Inteirada. Outro do Delegado em Aveiro, da Companhia de Seguros Comércio e Industria, informando que no dia vinte do corrente, pelas dez e trinta estaria nesta localidade, acompanhado de um artífice, afim de se tentar resolver o assunto do Cruzeiro e pedindo para o Excelentíssimo Presidente desta Junta ou o Senhor Abade, se encontrarem naquele dia e hora no local. Tomado conhecimento desinteressando-se do assunto. Em seguida pelo Excelentíssimo Presidente foi dito que, mais uma vez, lavrava o seu veemente protesto contra a forma indecorosa como foi restaurado o cruzeiro no lugar da Igreja desta freguesia, pela Companhia de Seguros Comercio e Industria. Que lamentava os reduzidos orçamentos deste Corpo Administrativo, não lhe permitirem que a referida Companhia seja obrigada judicialmente a reconstruir o cruzeiro, já não digo por forma igual ao que lá existia, mas ao menos semelhante e digno do local e fim para que foi construído. E assim, continuará a devolver, como já o fez por duas vezes, um documento que lhe foi enviado pela Companhia de Seguros, comprovativo do pagamento da importância ao empreiteiro, pois não quer que, de futuro, se diga que a Junta da Freguesia da sua Presidência sancione uma obra que envergonha, por indecorosa, o local e freguesia em que se encontra. Pelos vogais, senhores José da Conceição e Sousa e José Maria Pereira, foi dito que concordavam com a deliberação tomada dando por fim solucionado o assunto. E nada mais havendo a tratar na presente reunião, foi ela encerrada da qual para constar se lavrou a presente acta que foi lida, aprovada e assinada na reunião ordinária celebrada no dia cinco de Agosto do corrente ano, depois de lida por mim José Maria Pereira, Secretário que a subscrevi e assino.