Freguesia de Beduído e Veiros

Acta

Sessão extraordinária de 29 de Janeiro de 1913 Aos vinte nove dias do mez de Janeiro do ano de mil novecentos e treze, pelas dezasseis, na sala das suas sessões, achava-se reunida em maioria a Junta de Paroquia da freguesia de Veiros, concelho de Estarreja, sob a presidência do seu presidente, Francisco de Sousa Garganta, estando também presentes os regedor da Paroquia e os mancebos João Augusto de Azevedo e David da Fonseca, ambos desta freguesia, nascidos no ano de mil oitocentos e noventa e seis e incluídos no recenseamento militar de mil novecentos e treze, previamente convocados pelo referido presidente para resolverem sobre um requerimento apresentado por Maria Augusta da Silva, separada judicialmente de seu marido José Maria Henriques da Silva, lavradores, do lugar do Pinheiro desta freguesia, em que pede a esta Junta para averiguar afim de corrigir o assento de batismo paroquial donde consta ter ela requerente um filho de nome “Júlio” nascido em mil oitocentos e noventa e seis, quando é certo que não tem ela requerente, filho algum de nome “Júlio” mas sim uma filha por nome “Júlia”. E na presença dos ditos mancebos e dela Maria Augusta da Silva, mãe da referida “Júlia”, como encarregada dos filhos por sentença judicial que decretou a separação de pessoas e bens com seu marido, regedor e membros abaixo assinados, ele presidente começou a proceder ás devidas averiguações, começando por interrogar a referida Maria Augusta da Silva, que declarou não ter filho algum de nome “Júlio” e que tinha unicamente uma filha de nome “Júlia” que nasceu em doze de Março de mil oitocentos e noventa e seis. Em seguida também interrogou os referidos mancebos que por sua parte confirmaram as declarações dela Maria Augusta da Silva, por isso que lhe não conheciam filho algum de nome “Júlio”, e que somente lhe conheciam uma filha chamada “Júlia” que deverá ter dezassete anos pouco mais ou menos, por que confere o ouviram dizer. E finalmente, disseram também todos os vogais presentes e regedor que eram verdadeiras as declarações aqui apresentadas por quanto também por sua parte, não conheciam á requerente filho algum de nome “Júlio” mas sim uma filha de nome “Júlia”. E não havendo mais nada a tratar foi encerrada a sessão, da qual para constar se lavrou a presente ata que vai assinada pelo presidente, vogais presentes, regedor e referidos mancebos depois de lida por mim José Maria da Silva Freire, secretario, que a escrevi e assino. O Presidente: Francisco de Sousa Garganta Vogal: Ildefonso Marcelino Henriques “ : Manoel Maria da Fonseca “ : Narciso Augusto Vaz J. Oliveira O Regedor: António Caetano Valente Mancebo: João Augusto d’Azevedo Mancebo: David da Fonseca O secretario: José Maria da Silva Freire