Freguesia de Beduído e Veiros

Acta da sessão ordinária de 26 de Fevereiro de 1911 Aos vinte seis dias do mez de Fevereiro de mil novecentos e onze nesta freguesia de Veiros e sala das sessões da Junta de Paroquia respectiva, onde compareceu o seu presidente Doutor Joaquim Livio d’Assis Pereira de Mello e bem assim os vogaes João José Pereira, José Affonso da Rosa, Agostinho Vaz Pereira, Francisco José Paes de Oliveira e sendo duas horas da tarde, declarou ele presidente aberta a sessão. Pelo presidente foi dito que oficiara ao Excelentíssimo Governador Civil do Distrito no sentido de obter a aprovação do orçamento, como foi deliberado na sessão anterior. Mais foi dito pelo presidente que recebera da administração do Concelho d’Estarreja o orçamento ordinário desta Junta de Paroquia com a respectiva aprovação do Excelentíssimo Governador Civil. Por todos os vogaes foi visto e examinado esse orçamento deliberando unanimemente esta Junta proceder á obra, digo, proceder á construção da obra a que se refere a verba numero vinte sete, antes que os trabalhos agrícolas principiem, dificultando essa obra que é de urgente necessidade. Pelo presidente mais foi dito que a aprovação do orçamento manda reduzir a cem mil reis as verbas de números seis, sete, oito e nove, pois que essa aprovação é do teor seguinte – Aprovo o presente orçamento, reduzindo a cem mil reis as verbas números seis, sete, oito e nove da despesa. Governo Civil d’Aveiro, digo Civil do Distrito d’Aveiro, dezasseis de Fevereiro de mil novecentos e onze. O Governador Civil Rodrigo Rodrigues -; mas como aquelas verbas referidas somam sómente sessenta e cinco mil reis e não cento quarenta dois mil e oitocentos reis como por equivoco se diz nas considerações que precedem aquela a aprovação não podendo por isso fazer-se a redução a cem mil reis como se manda naquela aprovação, resolveu esta Junta dar conhecimento deste facto ao Excelentíssimo Governador Civil a fim de providenciar no sentido de esclarecer aquela aprovação. Pelo presidente foi dito que nesta sessão se tratava d’aprovação das contas desta junta de paróquia relativas ao ano civil de mil novecentos e dez e por isso em cumprimento da lei se retirava da sala, sendo essas contas examinadas e discutidas por esta junta de paróquia foram aprovadas as relativas á gerência da actual corporação, gerência esta que teve o seu principio em trinta e um de Outubro de mil novecentos e dez; sendo certo que as anteriores a esta data e cujas despesas foram feitas pela junta de paróquia, cuja gerência cessou em trinta e um de Outubro de mil novecentos e dez e referentes ao orçamento ordinário, sendo examinadas pela actual junta de paróquia foi esta de parecer que estavam regulares. Nesta altura por ele presidente, que novamente compareceu, foi dito que na secretaria desta junta de paróquia existia um orçamento suplementar na importância de cento e cincoenta mil reis que foi remetido do Governo Civil d’Aveiro em sete de Novembro ultimo e consta da acta da sessão ordinária de vinte do mesmo mez, mas que até hoje ainda não foram apresentadas as contas referentes a esta quantia nem esta entrou no cofre como saldo positivo e que por isso o referido orçamento acompanhava estas contas sem documentos que lhe digam respeito. E nada mais havendo a tratar vae ser encerrada esta acta a qual vae ser assignada pelo presidente e mais vogaes presentes e por mim Francisco Lourenço Affonso de Oliveira Escrivão que a subscrevi e assigno. Joaquim Livio D’Assis Pereira de Melo João José Pereira José Affonso da Rosa Agostinho Vaz Pereira Francisco José Paes de Oliveira E eu Escrivão: Francisco Lourenço Affonso de Oliveira