Freguesia de Beduído e Veiros

Acta da sessão extraordinária de 6 de Dezembro de 1910 Aos seis dias do mez de Dezembro de mil novecentos e dez, n’esta freguesia de Veiros e sala das sessões da Junta de Parochia da mesma freguesia, aonde esta se reuniu extraordinariamente por três horas da tarde, afim de tomar conhecimento e deliberar o que julgar conveniente sobre o exposto num officio vindo d’Administração do Concelho d’Estarreja, e que tudoo constava no officio convidando os vogaes e regedor da freguesia para esta sessão extraordinária officio expedido pelo presidente d’esta corporação, e comparecendo ele presidente e vogaes José Affonso da Roza, Francisco José Paes de Oliveira, Agostinho Vaz Pereira e o regedor da parochia Francisco de Souza Garganta e eu escrivão d’esta junta compareci para o efeito de lavrar este auto. Em seguida ele presidente leu o officio vindo d’Administração do Concelho e que é do theor seguinte: “venho chamar a atenção de você para o cumprimento do artigo cento sessenta e um e seus números do código administrativo em vigor, na certeza de que eu estou disposto em inquirir rigorosamente da forma porque a junta de Parochia o cumprem. Tomando-lhe a responsabilidade legal pelo seu desleixo ou pelo desvio dos valores respectivos. Saúde e Fraternidade. Estarreja cinco de Dezembro de mil novecentos e dez. Para o cidadão presidente da junta de Parochia de Veiros. O Administrador do Concelho, Alberto Souto”. Em seguida, ele presidente deu a palavra ao vogal Agostinho Vaz Pereira que disse que sendo todas as capelas publicas d’esta freguesia, dependentes da junta de parochia para a administração dos remadeiramentos e encarregada da sua reparação e tendo lugar no próximo dia treze do corrente a festa de Santa Luzia, era conveniente a junta tomar providencias para zelar as indicações do officio da Administração do Concelho e tomar conta do rendimento da capela de Santa Luzia n’aquelle referido dia. Elle presidente e mais vogaes aprovaram a proposta d’aquelle vogal e determinaram que n’esse dia a junta tomasse conta de todos os donativos ou esmolas d’aquella capela. O vogal, Francisco José Paes de Oliveira disse que no dia vinte e sete do ultimo mez foi feita doação de uma esmola avultada á Santa Luzia e que sendo depositada em casa da encarregada da guarda da chave, o parocho d’esta freguesia a foi ali levantar arbitrariamente. A junta unanimemente deliberou mandar intimar o parocho para fazer entrega d’aquelle donativo a esta junta de parochia. No officio convinha também se referia ele presidente a providencia a tomar com a guarda da chave da capela de Santa Luzia e por deliberação unânime da junta de parochia foi determinado retirá-la da antiga depositaria e confiá-la a quem escolher a mesma junta o que constará na próxima futura sessão da mesma junta. Deliberaram unanimemente, por proposta do presidente, mandar intimar o parocho das deliberações d’esta acta, dando-lhe copis d’ella e fazendo-lhe saber que qualquer reclamação que tenha a fazer se dirigir á Administração do Concelho d’Estarreja que é a instancia competente. E nada mais havendo a tratar vae ser encerrada esta acta a qual vae ser assignada pelo presidente, vogaes presentes e regedor da freguesia e por mim Francisco Lourenço Affonso de Oliveira, Escrivão que a subscrevi e a signo. Joaquim Livio d’Assis Pereira de Melo José Affonso da Roza Agostinho Vaz Pereira Francisco José Paes de Oliveira O Regedor: Francisco de Souza Garganta O Escrivão: Francisco Lourenço Affonso de Oliveira