Freguesia de Beduído e Veiros

Acta número 99 reunião extraordinária

Aos dezassete dias do mês de Outubro de mil novecentos e noventa e sete, no salão do C.C.D. Veiros / Junta de Freguesia, realizou-se uma sessão pública promovida pela C.M. Estarreja, para auscultação das principais carências da freguesia, de forma a inclui-las no Plano de Actividades da referida Câmara para 1998. Estiveram presentes, o Vereador Eng. Teixeira da Silva em representação da Câmara, a sua assessora, o deputado municipal Vítor Ramos, o Presidente e Secretário da junta, o Presidente da Assembleia de Freguesia, responsáveis pelo C.C.D. Veiros e ainda alguns populares. Numa sessão pouco participada, esta foi aberta pelo Presidente da junta que começou agradecer a presença de todos. De seguida teceu criticas à forma como foi marcada esta reunião, onde uma vez mais Veiros foi ouvido em ultimo lugar, e também ao facto de esta se realizar numa sexta-feira à noite, o que a tornou pouco convidativa à participação popular. Tomou a palavra o Eng. Teixeira da Silva que se desculpabilizou nas datas, devidos aos prazos impostos pela Assembleia Municipal. Esclareceu também que estas auscultações teriam um carácter meramente informativo, uma vez que teremos eleições autárquicas brevemente e que o futuro executivo da Câmara poderia solicitar alterações ao Plano de Actividades que agora será proposto. Retomou a palavra o Presidente da junta que expôs as principais carências da freguesia, na opinião da junta. Estas incidiam essencialmente em quatro vertentes: Rede Viária, Qualidade de vida, ambiente e iluminação pública. Quanto ao primeiro ponto apresentou as seguintes pretensões: Como primeira prioridade a rua do Cruzeiro (Molarinho) até à Póvoa de baixo, com alargamento, iluminação e drenagem de águas pluviais, uma vez que é a principal entrada e saída da freguesia, lado sul. Como segunda prioridade, o alargamento e alcatroamento da rua Francisco matos para posterior “escoamento” para a estrada inter-municipal. Pedido também o alcatroamento das seguintes ruas: rua das Flores, rua do Camondo e travessa adjacente, travessa da Purfica, travessa da Férrinha, travessa Joaquim Lagoeiro, travessa do Porto da Póvoa e rua do Molar até à moita. Pedido o arranjo em “tout-venant” da travessa da Malpica e da rua da Malhada. Solicitado ainda a colocação de tapete betuminoso nas seguintes ruas: rua do Cruzeiro, rua de S. Geraldo, rua Mártires da Pátria e rua de Santa Luzia. Pedida ainda a ligação da travessa do Outeiro à rua com o mesmo nome. Na segunda vertente dedicada à qualidade de vida, foi pedida a feitura do plano de pormenor do centro da freguesia, um plano de embelezamento da zona da ribeira, o arranjo da escola do Pinheiro nº2, o lançamento da habitação social para os mais carenciados e a colocação em funcionamento da cantina escolar, extensiva ás pessoas idosas da freguesia e com fracos recursos económicos. Na terceira vertente foi solicitada a implementação do saneamento básico. Por fim e no âmbito da iluminação pública foi pedida s substituição da rede antiga que ainda existe na rua João Carlos Assis, o reforço da iluminação, se possível, até à estrada inter-municipal. Na travessa adjacente à rua do Camondo foi solicitada a colocação de dois candeeiros. Na rua Miguel valente de Almeida foi pedida a substituição das lâmpadas existentes por lâmpadas de vapor de sódio e colocação de candeeiros em todos os postes, isto no troço compreendido entre o salão paroquial e o cruzamento com a rua da Mâmoa. Pedida também a iluminação exterior das três capelas existentes na freguesia. De seguida tomou a palavra o primeiro secretário da Assembleia de freguesia que questionou o representante da Câmara se seria no próximo ano o arranque da nova sede da junta. Como resposta foi dito que era responsabilidade da junta a feitura do projecto e o desencadear de todo o processo. Posteriormente é que a Câmara estaria disposta a colaborar. A propósito deste assunto, o Presidente da junta questionou se o facto de ainda não haver escritura de concessão ou doação do terreno onde se irá instalar a dita obra, e que legalmente ainda é pertença da Câmara, não trará entraves ao processo. Respondeu o Eng. Teixeira da Silva que em sua opinião não haveria problema, mas se a junta quisesse “por o preto no branco” era só solicitá-lo à Câmara e tal situação seria regularizada. De seguida interveio a directora da escola do Pinheiro nº1 informando que a cantina da referida escola ainda não se encontra a funcionar em pleno devido à falta de algum equipamento para a cozinha, nomeadamente, uma varinha mágica, uma máquina de descascar batatas e uma máquina de lavar loiça. Tais utensílios tornam-se importantes atendendo ao facto de a Câmara só custear os serviços de uma empregada durante três horas por dia. Respondeu o Eng. Teixeira da Silva dizendo que a dita escola era das que melhor equipamento do género dispunha no concelho. Logo que possível seriam atendidas as pretensões, mas para agora, e em sua opinião, com um pouco de boa vontade esta situação é ultrapassável. Um dos presentes questionou também para a necessidade do arranjo das zonas da via pública onde há recuo a quando da construção de novos muros. Como resposta o representante da Câmara disse que tal era um problema de todo o concelho e que se iria tentar minimizá-lo na medida do possível. Usou da palavra de seguida o Presidente da direcção do C.C.D. veiros solicitando apoio à Câmara para a conclusão das obras a que o clube se propõe. Respondeu o Eng. Teixeira da Silva que tal só poderia ser contemplado na rubrica “apoio a colectividades” e que a Câmara certamente continuaria a apoiar o clube no que lhe for possível. Durante esta sessão usou também da palavra o deputado municipal Vítor Ramos, abordando no entanto temas que nada tinham a ver com a elaboração do Planos de Actividades da Câmara, tais como “estética da rede de energia” e “critério de colocação de postes de iluminação pública”. Cerca das vinte e quatro horas foi encerada a reunião.